Qual o perfil da mulher investidora?

mulher analisando dados no seu smartphone enquanto sorri

Conheça o perfil da mulher investidora e entenda porque ela está transformando o mercado financeiro, apesar de sua participação ainda ser sutil.

A mulher investidora ainda ocupa uma porcentagem relativamente pequena de participação na bolsa de valores e no mercado de investimentos com um todo. Mas, quando o assunto é investir, ela definitivamente não está de fora.

Nessa matéria você lerá:

A mulher investidora no Brasil

Qual é o perfil da mulher investidora?

Perspectivas das mulheres sobre investimentos

Como a mulher investidora pode mudar o mercado financeiro

Segundo dados da Anbima (a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), apenas 29% das mulheres têm  a prática de investir. Em contrapartida, quando olhamos para o percentual masculino, esse número se eleva para 34%. No entanto, o percentual do público feminino vem aumentando ano após ano. Isso é um fator positivo, visto que, junto à luta pela inclusão, igualdade e direitos e empoderamento feminino que vem ocorrendo nas últimas décadas, a liberdade e independência financeira são fatores indispensáveis ao se pensar na questão de gênero e no mercado de trabalho.

Se o papel dos investimentos é concretizar as metas e objetivos de qualquer investidor. Não é difícil imaginar as oportunidades que poderiam ser abertas com uma boa educação financeira e condições favoráveis à aplicação, não só para mulheres, que têm um menor percentual de investimento no país, mas para todos.

E por falar em educação, não à toa, cada vez mais o público feminino tem se destacado em cursos e eventos da área. A verdade é que, por mais que ainda seja visto com desconfiança por boa parte das mulheres, o investimento pode ser a porta de entrada para mudanças consideráveis em suas vidas. Além disso, o inverso também é válido: a previsão para o mercado financeiro com o aumento no número de mulheres investidoras é de crescimento exponencial em todos os setores.

A mulher investidora vem ocupando mais espaço no mercado financeiro brasileiro e no mundo todo. Entenda como ela pode contribuir para mudar o rumo do mercado financeiro e conheça seu perfil!

A mulher investidora no Brasil

Quem ainda pensa que investir não é coisa de mulher, além de antiquado, está desatualizado. Só na bolsa de valores (a B3) a quantia de mulheres investidoras já ultrapassou 1 milhão desde 2021. Atualmente, ela está na casa de 1,1 milhão. 

Por mais que seja um valor expressivo, isso representa apenas 23% do total de investidores. O que revela o longo caminho que o mercado financeiro brasileiro ainda precisa trilhar para alcançar esse público, sobretudo se tratando de investimentos de risco.

>> Leia também: Começando pelo básico: conceitos-chave do mundo dos investimentos.

No geral, as mulheres investem mais em produtos de renda fixa, apresentando um perfil mais conservador com seus investimentos. Além da poupança, que tende a ser a preferida, independente do público investidor, dados do Tesouro Nacional revelam que mais de 4,78 milhões de seus investidores são mulheres. Isso representa 29,5% do total dos investidores.

Vale apontar que essa tendência está longe de ser um problema, visto que o mercado financeiro possui oportunidades de investimento para todos os perfis de investidor. Contudo, ainda é possível melhorar em diversos aspectos, abrindo margem para uma maior participação feminina nos investimentos. 

Conheça o perfil que grande parte das mulheres investidoras tem e o que costuma atrair esse público!

Qual é o perfil da mulher investidora?

A especialista em finanças e editora chefe da The Motley Fool (consultoria referência no que diz respeito à independência financeira) LouAnn Lofton fez uma extensa pesquisa com foco em entender o perfil da mulher investidora no mundo.

Perfil mais estratégico e conservador

Segundo Lofton, cuidado, foco no futuro e estratégia são os principais termos que definem a mulher investidora. A pesquisadora aponta que as mulheres tendem a ser mais conservadoras em seus investimentos e têm mais visão a longo prazo do que os investidores homens costumam ter. 

Com isso, elas tendem a ser menos tolerantes a riscos, preferindo estratégias mais sólidas e investimentos – o que não é um ponto negativo. Como dito anteriormente, há saídas para todos os perfis no mercado de investimentos. 

O recomendável, no entanto, para ter uma carteira de investimentos rentável e segura é saber diversificar. No entanto, preferência pelos investimentos de baixo risco não representa a perda de público para outro setor.

>> Leia para saber mais sobre o assunto: O que é a carteira de investimentos – e porque é essencial diversificá-la?

O público feminino tende a estudar mais os investimentos antes de aplicar. O que revela um perfil mais estrategista ao investir – fato muito positivo para as investidoras e para o setor. Apesar disso, o mercado ainda é predominantemente ocupado por homens. 

O porquê disso

Conforme a pesquisa, isso provavelmente é uma questão histórica. Enquanto os homens são financeiramente independentes e atuam há muito mais tempo no mercado financeiro, as mulheres têm conquistado essas posições bem mais recentemente. Portanto, muitas vezes, não possuem o mesmo patrimônio para investir. 

Outro fator a ser considerado é a desigualdade salarial. Além de por vezes ganharem menos do que os homens, ao exercerem o mesmo cargo ou função, muitas mulheres são as únicas responsáveis pela família ou, independe disso, respondem à maior parte dos gastos, restando pouco para investir. 

Perspectivas das mulheres sobre investimentos

Um estudo recente realizado pela empresa americana de serviços bancários e financeiros BNY Mellon, envolvendo 100 gestores de ativos e mais de 8 mil pessoas em 16 mercados financeiros globais, analisou o comportamento econômico das mulheres no mercado de investimentos. Além disso, o estudo identificou também as principais barreiras enfrentadas por elas. Esse estudo detalhado é um passo importante para entender e promover a igualdade de gênero no setor financeiro, mostrando como as mulheres podem ser valorizadas como investidoras e líderes em uma indústria historicamente dominada por homens.

Algumas conclusões apontadas pelo estudo são a falta de uma comunicação mais abrangente, inclusiva e transparente quanto aos recursos alocados e à dinâmica dos investimentos ante o desejado pela mulher investidora. 

Os resultados do estudo

O estudo aponta que, no mundo, somente uma a cada dez mulheres afirma entender com clareza o investimento e menos de um terço (28%) se sente confiante em investir seu capital. Segundo o especialista Eduardo Mira, isso vai além da questão financeira: é uma questão cultural que precisa ser contornada. 

Isso vai ao encontro do observado no estudo: em média, as mulheres acreditam precisar de uma renda mensal de mais de US$ 4 mil por mês antes de considerar começar a investir. Esse tipo de crença não é vivenciada apenas pelas mulheres. O público em geral tende a acreditar que é necessário investir em grandes aportes para se ter resultado. 

Trata-se de uma desconfiança cultural que o mercado precisa romper como um todo, caso queira expandir o número de investidores.

Como a mulher investidora pode mudar o mercado financeiro

Apesar de coincidir com o público geral na questão da desconfiança ao se investir, o estudo da BNY Mellon revela um aspecto muito positivo: a mulher investidora está mais inclinada a valorizar ativos focados na promoção de impactos sociais e ambientais, além do próprio retorno financeiro.

Os resultados são de que mais da metade (55%) das mulheres investiria (ou investiria mais) em certa aplicação se esta estivesse associada aos seus valores pessoais e 53% investiria (ou investiria mais) se o objetivo do investimento fosse claro ou tivesse um propósito voltado ao bem comum. 

E mais: segundo os dados, se o nível de participação feminina fosse equivalente ao dos homens no mercado financeiro, haveria um aumento no valor investido de pelo menos USD 3,22 no cenário global. Sendo desses, USD 1,87 trilhões em investimentos relacionados à ASG, sigla que abrange preocupações com questões ambientais, sociais e de governança.

Os dados mencionados são reveladores e indicam uma nova abordagem para investir no mercado financeiro. Essa abordagem não se baseia apenas nos lucros e no crescimento financeiro da investidora, mas também nos valores que geram um impacto positivo no mundo e na sociedade, além de estar em sintonia com seus valores pessoais.

Essa nova forma de pensar sobre investimentos tem se mostrado cada vez mais popular, especialmente entre as mulheres e as gerações mais jovens, que estão buscando maneiras de usar seu poder financeiro para promover mudanças positivas no mundo. Como resultado, o mercado financeiro está evoluindo para atender a essa demanda, oferecendo opções de investimento socialmente responsáveis e sustentáveis.

>> Você também vai gostar de ler: ESG em 2023: tendências de hoje que poderão mudar o amanhã.

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