Os aportes na modalidade dobraram em quantidade e triplicaram em valor emitido se comparado ao mesmo período do ano anterior. CRA, debêntures e notas promissórias são outros destaques positivos.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) divulgou na última semana o Boletim Econômico nº95, referente ao terceiro trimestre deste ano. O relatório tem como objetivo reportar estatísticas do mercado de capitais brasileiro, destacando a evolução dos mercados primário e secundário e as emissões de valores mobiliários.
O total acumulado em ofertas de valores mobiliários atingiu a cifra de R$ 425,7 bilhões no período em questão e, embora o número represente uma queda de 9,49% frente a 2021, alguns setores obtiveram destaque positivo com crescimento expressivo em relação ao ano anterior, como é o caso do segmento de renda fixa corporativa, que compreende debêntures e notas promissórias.
Neste caso, o destaque especial é para as debêntures que acumularam R$202,1 bilhões em emissões no período; já as notas promissórias somaram R$ 29,7 bilhões. O segmento correspondeu a 55% de todo o valor emitido no ano, que em 2021 obteve números na casa dos 40%.
Outro número que chama atenção é referente aos CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), que tiveram um aumento de 126,4% frente ao ano anterior, quando somaram R$ 15,9 bilhões acumulados. Neste ano, os valores emitidos nas operações já alcançaram R$ 36 bilhões.
O crowdfunding segue em alta, as ofertas nesse segmento mais que dobraram em quantidade e triplicaram em valor emitido. No último ano foram 45 emissões, totalizando R$ 70 milhões. Neste ano já foram 110 emissões, somando R$ 210 milhões. O número de plataformas autorizadas a operar também aumentou, saindo de 54 para 57.
O boletim destaca ainda uma alta no indicador de apetite por risco, que até então vinha mantendo patamares historicamente baixos. Os fatores apontados para esse aumento foram os componentes de spreads soberanos brasileiros em dólar e de renda variável.
Tabelas, gráficos e mais informações podem ser conferidos ao acessar na íntegra o Boletim Econômico do 3º trimestre/2022.
