A ideia de investir em sustentabilidade e no futuro vem ganhando força no Brasil e no mundo. Confira as práticas de ESG que vão ser destaque em 2023!
Você certamente já ouviu a premissa de que a chave para o sucesso ao investir é apostar no longo prazo. Pensando nisso, cada vez mais investidores e empresas afirmam que apostar no longo prazo do planeta e da sociedade é o único jeito de garantir um futuro promissor. São todas essas preocupações que a sigla ESG (Environmental, Social and Governance, ou, em português, governança ambiental, social e corporativa) abarca. O tema têm entrado cada vez mais na agenda de empresas que entenderam seu papel diante da responsabilidade coletiva de garantir um futuro favorável e o bem-estar social para esta e as próximas gerações.
Não à toa a 27ª edição da Conferência do Clima (COP 27), realizada em novembro em Sharm El-Sheikh, no Egito, teve recorde de participação. Foram mais de 30 mil pessoas e quase 200 países-membros.
Para que você possa estar alinhado às novidades que envolvem a pauta ESG em 2023, trouxemos as principais tendências apontadas em um relatório desenvolvido pela XP Investimentos. Confira e planeje seus investimentos em 2023:
Principais tendências de ESG em 2023
Descarbonização
Tópico central da COP 27, a descarbonização foi um objetivo traçado pelos líderes das principais nações – com o intuito de limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2100. Nos últimos anos, por conta da pandemia, o tema acabou saindo um pouco dos holofotes, no entanto, a descarbonização permanece em destaque nas políticas públicas e empresariais.
As emissões de carbono têm sido um critério cada vez maior na escolha de quais empresas investir, inclusive no Brasil – país que se comprometeu, durante a COP 26, realizada em 2021, a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2030. Ações e políticas regulatórias sobre esse intuito tendem a ser mais frequentes no país, sobretudo no que diz respeito à agenda climática.
À medida que as mudanças vão ocorrendo, consumidores e empresas também devem desempenhar um papel importante na redução dos gases de efeito estufa. Por esse motivo o tema é tido como uma tendência-chave para 2023.
Mercado de carbono
Na COP 21, em 2015, os olhos do mundo se voltaram para a problemática das mudanças climáticas. Na época, uma série de esforços foram propostas a fim de mitigá-la – o que resultou no conhecido Acordo de Paris. Em sua última edição, a conferência revelou que a preocupação do mundo ainda reside em torno dessa questão, sobretudo no que diz respeito ao aquecimento global.
Nesse sentido, o mercado de carbono se mostra uma importante solução e tendência para 2023. Ele foi regulamentado no Brasil em maio do ano passado, e agora centrará os registros em um único sistema, o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SINARE), estabelecido no Plano Nacional de Mudança Climática. Com os esforços corretos, o país pode estar à frente desse negócio.
Diversidade e inclusão feminina
Cada vez mais a agenda da igualdade de gênero vem sendo adotada e incentivada no meio corporativo. Embora caminhe a passos lentos no Brasil, o cenário vem passando por transformações significativas. Nos últimos cinco anos a representatividade feminina em cargos de Conselhos de Administração aumentou 5,9%. Atualmente 15,5% desses cargos são ocupados por mulheres e a maioria das empresas que ainda não tinha mulheres em suas conselhos passaram a ter.
O estudo apontou um aumento de cerca de 4 a 5% no percentual de empresas com pelo menos 30% de mulheres no Conselho em todos os setores nos últimos dez anos, com destaque para o de Utilidades, que teve um aumento de 7%, alcançando o percentual de 45% de empresas (o maior entre os setores). Ainda há um longo caminho a ser percorrido na agenda da diversidade e inclusão, e há muito espaço para sua evolução no Brasil, sendo esta uma tendência que pode ganhar força em 2023.
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Transparência
Um dos principais pontos no que diz respeito a ampliar e quantificar o impacto de um investimento ESG é o aumento e desenvolvimento da divulgação dos dados, tornando a transparência um dos focos assumidos por muitas empresas que adotam essa agenda.
Dados publicados pela Deloitte e pelo Ibri (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) trazem que 87% das empresas da bolsa de valores brasileira (a B3) aumentaram sua preocupação com a agenda ESG. Tal medida tem impactado positivamente sua relação com investidores (RI). Isso faz com que a divulgação de informações de alto valor agregado ao mercado se torne muito mais frequente e eficiente, possibilitando maior transparência das empresas e facilitando a análise externa.
A divulgação de relatórios ESG, no entanto, não é uma obrigação na bolsa de valores do Brasil. Na verdade, apenas 23% das 114 bolsas de valores do mundo estabelecem-na como obrigatória. No Brasil, apenas 21% das empresas listadas na B3 possuem algum relatório de ESG ou sustentabilidade. Nesse sentido, a transparência é um fator que deve receber maior atenção dos investidores no que se trata de ESG, podendo ser esperadas mais ações a favor da tendência.
Engajamento
A inclusão de dados ESG na análise e escolha de ativos é um procedimento já adotado por gestores de fundos para atrair novos capitais. Nesse âmbito, as estratégias de investimento são várias e sua incorporação não é simples. Por se tratar de um processo trabalhoso é comum mais de uma estratégia ser adotada por vez.
Embora cada gestor implemente estratégias distintas para investir em ESG, a mais destacada no relatório foi a de engajamento corporativo, na qual há um acordo entre a gestão e as empresas investidas a fim de incentivar a agenda ESG.
No Brasil, dentre as estratégias de investimento ESG, as mais incorporadas pelos gestores são o filtro negativo e a “best-in-class“. Elas correspondem respectivamente a 41% e 46% dos investimentos em ESG. Enquanto a primeira diz respeito a excluir investimentos em setores, países ou projetos que ferem algum critério em ESG, a segunda se trata de rankear determinado ativo em relação aos critérios ESG dentro de cada setor. Elas refletem uma tendência que vem perdendo força para a estratégia de engajamento, uma vez que ambas sofreram redução de 1% em relação a 2018. No entanto, vem sendo a preferência dos investidores, que não almejam limitar as oportunidades de retorno com ESG. Outra estratégia que tem crescido é a integração do ESG no valuation da empresa, com um aumento de 7% no Brasil e 11% no mundo.
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Atente-se à mudança
Cada vez mais, as companhias que adotarem uma agenda ESG terão grande vantagem para se destacar em seus segmentos. Pois ao mesmo tempo em que traz mais atratividade para colaboradores e investidores, a adoção dessas práticas promove um ambiente mais diverso, transparente e inclusivo. O que contribui para o desenvolvimento da sociedade como um todo.
Um exemplo disso é a BIERINBOX, cervejaria que mantém uma produção ambientalmente correta, direcionando 100% de seus resíduos para o reaproveitamento ou descarte ideal. A cervejaria promove também ações que visam integrar a comunidade local e minorias dentro e fora do universo cervejeiro, como o concurso “Mulher Cervejeira”. Além de um retorno positivo, essas iniciativas agregam valor às empresas, demonstrando diálogo com os novos padrões de um investidor conscientizado.
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