Diante do sucesso do ChatGPT, Google se precipita e anuncia ao mercado seu próprio chatbot, o Google Bard.
Concorrente do recente Bard, o ChatGPT anda em alta recentemente. A inteligência artificial, lançada em novembro de 2022 pela empresa OpenAI, tem revolucionado o mercado. Um reflexo disso é o investimento da Microsoft na ferramenta e a criação do Bard, pelo Google, cuja ideia é criar um bot que responda a perguntas, como faz o ChatGPT.
Em 2019, a Microsoft investiu mais de US$ 1 bilhão na empresa que criou a IA queridinha do momento. Recentemente, a companhia de Bill Gates fechou um novo acordo milionário com a OpenAI.
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Por que o ChatGPT, agora rivalizado pelo Bard, vem mexendo com a indústria de tecnologia?
A inteligência artificial foi programada pela OpenAI para absorver dados disponíveis na internet até o ano de 2021 e ser capaz de responder a perguntas de usuários sintetizando as respostas, ao invés de apresentar diversas publicações que tratem sobre o tema, como o Google faz.
O ChatGPT é baseado no GPT-3, outro software da companhia. Sua ideia é ser um robô conversacional, capaz de produzir poemas, textos diversos e até fornecer dados de programação em apenas alguns segundos.
Com o acordo e investimento com a Microsoft, as tecnologias da OpenAI passam a integrar ferramentas da Microsoft – como “acoplar” o ChatGPT ao Bing, site de buscas da empresa que é bem menos visado que o Google.
Além disso, em outubro do ano passado, a Microsoft criou o Designer, ferramenta inspirada pelo DALL-E (OpenAI) e que produz imagens a partir de inteligência artificial. O plano da Microsoft é juntar o Designer ao Edge, navegador de internet, e assim criar competição em um mercado dominado pelo Chrome (do Google) e o Safari (da Apple)
De acordo com Satya Nadella, CEO da Microsoft, é natural que a IA comece a ser aplicada e mude profundamente os softwares, começando pela pesquisa, o maior de todos.
A nova versão do Bing, por exemplo, promete respostas ainda mais completas que as do ChatGPT, e deve resumir a pesquisa do usuário de forma rápida. Ademais, a Microsoft também assegurou que o Bing não projete nenhum conteúdo prejudicial, como o ChatGPT já é programado atualmente.
Quem não tem gostado nada da otimização das ferramentas da Microsoft é o Google, que já largou também na corrida dos softwares otimizados pela inteligência artificial.
A reação do Google: a criação do Bard
O Google, a maior companhia de pesquisas e uma das maiores empresas do mundo, não poderia ver a Microsoft simplesmente passar na frente e não fazer nada. Assim, o Google anunciou, no último dia 6, o lançamento do Bard, sua versão do “ChatGPT” e, claro, acoplado à sua busca.
O Bard deve usar a IA para fornecer respostas em texto a perguntas dos usuários. De acordo com o Google, o programa deve ajudar pessoas a realizar tarefas como comparar filmes, explicar conteúdos a crianças, ou até preparar eventos.
“O Bard busca combinar a amplitude do conhecimento mundial com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem”, disse o CEO do Google, Sundar Pichai. “Ele se baseia em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade.”
Já quando integrado a seu mecanismo de busca, o Bard deve destrinchar informações complexas em formas mais fáceis de digerir.
Bard em xeque (por enquanto)
No entanto, nem tudo anda às mil maravilhas para o Google e o Bard. Logo no anúncio, no dia 6 de fevereiro, o programa enfrentou problemas. A companhia promoveu a IA como capaz de responder a uma criança de 9 anos sobre as descobertas do telescópio espacial James Webb. No entanto, a resposta do Bard não estava correta.
A IA do Google afirmou que o telescópio citado foi o primeiro a tirar fotos de um planeta fora do Sistema Solar, o que é um equívoco. Na verdade, foi o telescópio European Very Large, em 2004, o responsável pelas fotos.
O erro da empresa e do bot decepcionou usuários e investidores. Assim, as ações da Alphabet, que é responsável pelo Google, caíram mais de 7% dois dias após o lançamento (em 08/02), o que fez o valor de mercado da companhia cair em US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 520 bilhões).
De acordo com especialistas, a “corrida”, que começou com o lançamento do ChatGPT, não é benéfica para o desenvolvimento saudável da tecnologia. A pressa pode ocasionar em erros e equívocos, como foi o caso do teste do Bard.
A inteligência artificial é promessa pro futuro
Apesar dos erros que às vezes ocorrem quando se apressa uma tecnologia, é fato que o ChatGPT já se consolidou como um ferramenta revolucionária.
Aliás, é importante salientar que a OpenAI trabalhou por anos no desenvolvimento do software para que justamente ele tenha menor chance de falhas. A paciência foi uma virtude para a companhia: após o lançamento da IA no final de 2022, a previsão de receita da empresa para o ano de 2023 é de US$ 200 milhões, ultrapassando de longe o saldo do ano passado, de US$ 30 milhões.
A Microsoft, que investe na OpenAI desde 2019, só tem a ganhar. A visão da companhia de inovar só tem a beneficiar a Microsoft, que larga na frente do Google.
Em contrapartida, o Google ainda trabalha no Bard. Mas Pichai mobilizou grande parte da companhia para acelerar o desenvolvimento de tecnologias IA. Como reportado pela Forbes, o CEO considerou o assunto tão urgente que disparou um “código vermelho” na empresa, e até os cofundadores – Larry Page e Sergey Brin – foram convocados para rever a estratégia do Google em relação à IA e até Brin voltou a mexer em códigos da empresa.
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